Justiça anula contrato de R$ 750 mil para apresentação do cantor Leonardo em cidade de MT

29 de maio de 2025 às 15:43

justiça do trabalho/MPE
A Justiça de Mato Grosso anulou contrato de um show firmado pela Prefeitura de Gaúcha do Norte, a 595 km de Cuiabá, com a empresa Talismã Administradora de Shows e Editora Musical Ltda para a apresentação do cantor Leonardo no município. Segundo a decisão, há um superfaturamento identificado na contratação.
 

cantor Leonardo
Reprodução/iclnoticias.com.br/
 
Segundo a decisão, há um superfaturamento
identificado na contratação; Cantor se apresentou no
dia 1º de junho de 2024, durante a 13ª Feira
cultural do município
 
O contrato, no valor de R$ 750 mil, era para a apresentação do cantor no dia 1º de junho de 2024, durante a 13ª Feira cultural do município. Mesmo com a notificação do Ministério Público Estadual (MPE), na época, o evento foi realizado. Agora, com a decisão da Justiça, a empresa deverá devolver R$ 300 mil aos cofres públicos, referente ao valor considerado como superfaturado.
 
A cidade palco da apresentação sertaneja tem pouco mais de 8,6 mil moradores e a média de preço de shows já contratados por entidades públicas em períodos próximos da data do evento é de R$ 432 mil, de acordo com o Ministério Público de Mato Grosso.
 

Gaúcha do Norte (MT)
. (Foto: Prefeitura de Gaúcha do Norte (MT)
 
A prefeitura não apresentou justificativas adequadas para o valor pago, descumprindo as exigências legais para inexigibilidade de licitação. O ex-prefeito Volney Rodrigues Goulart também é alvo da ação.
 
Entre 2022 e 2023, Leonardo realizou quatro apresentações no interior de Mato Grosso, com cachês variando entre R$ 380 mil e R$ 550 mil.
 
Show de Leonardo
 
Dois meses antes do show, o Ministério Público já havia notificado a prefeitura e conseguiu na Justiça uma decisão liminar para suspender a apresentação. Em seguida, a prefeitura recorreu, sendo que o recurso apresentado foi acolhido pela Primeira Câmara de Direito Público e Coletivo. O argumento apresentado pelo município para manter o show, à época, foi de que o preço contratado teria sido devidamente justificado com base em notas fiscais referentes a outras apresentações do artista.
 
A empresa também alegou que o valor cobrado era legal. No entanto, o MP provou que o valor era superior se comparado com outras contratações feitas no estado.
 
O que diz a prefeitura?
 
Em nota enviada ao site “G1”, a Prefeitura de Gaúcha do Norte informou que a contratação foi feita pela gestão anterior, não tendo qualquer vínculo com a atual administração.
 
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