O esporte amador é uma porta muito interessante para a profissionalização. Por ser uma prática livre e que tem uma relação com as características geográficas e culturais do lugar, o esporte amador, além de contribuição para a saúde do corpo e da mente, é uma grande possiblidade de redução da desigualdade social, sobretudo da violência.
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Nesse sentido, correr, pedalar, nadar, caminhar e consequentemente avançar para o ciclismo, o atletismo, a natação, o basquete, vôlei, futebol, entre outros deve ser uma preocupação do Estado na esfera municipal, estadual e federal, sendo parte de uma política pública vinculada aos Ministérios do Esporte e da Educação. A iniciativa privada precisa ser estimulada para as modalidades amadoras e não apenas o futebol que é que mais recebe apoio e patrocínio no nosso país.
Os atletas das diversas modalidades esportivas, se preparam para as competições e olimpíadas durante anos na busca dos índices para poderem disputar e participar desses eventos representando o seu país.
No Brasil e demais países pobres sem investimento no esporte amador, estes atletas tem um desafio ainda maior, primeiro a dificuldade para conciliar treinamento, trabalho e estudos. Estes fatores já dificultam a trajetória destes atletas para conseguir disputar essas competições, sobretudo, os jogos olímpicos que é um sonho de todo atleta. Porém, o maior desafio é a falta de patrocínio que poucos conseguem ter para dar tranquilidade e assim intensificar os treinamentos e alcançar os resultados.
Atletas das diversas modalidades esportivas buscam este apoio, porém muitos não conseguem e sem este investimento tem os seus sonhos destruídos e muitos acabam desistindo.
Nos jogos olímpicos assistimos os atletas de países que investem pesado para colher os frutos deste trabalho, as medalhas olímpicas e troféus nas diversas competições revelam o esforço destes atletas.
Conheço muitos ex-atletas, hoje simples personagens, que tiveram os seus sonhos destruídos por falta de patrocínio. É tudo muito triste, mas a pura realidade, principalmente em regiões que falta todo o tipo de investimento. O engraçado é que o apoio ao esporte é constitucional, porém pouco é feito para mudar está triste realidade.
A título de curiosidade eu (Tomas) pratico atletismo a 41 anos e já tive patrocínio, viajei por este Brasil disputando corridas de 5, 10, 15,21 e 42 km, hoje sem patrocínio faço algumas competições em Salvador e Região Metropolitana mesmo estando entre os 10 melhores na minha faixa etária de 60 a 64 anos.
Senhores empresários adotem um atleta e mude está triste realidade ou vamos continuar sendo apenas o país do futebol, a única modalidade que tem grandes investimentos nesta nação. Governos municipais, estaduais e federal, mais apoio para o esporte amador.
Por Tomás Miranda Bastos, atleta amador desde os anos de 1980, preparador de atletas na região de Valéria, Salvador, BA e Ivandilson Miranda Silva, doutor em Educação e Contemporaneidade Pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB).