O jurista Adriano Argolo afirmou que a juíza Gabriela Hardt, que da 9ª Vara Federal de Curitiba (PR), "
corrompe" o sistema jurídico brasileiro. O advogado comentou a
Operação Sequaz, da Polícia Federal (PF), que prendeu na última quarta-feira (22) suspeitos de planejar o assassinato do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e outras autoridadades públicas.

Adriano Argolo, Gabriela Hardt e Sergio Moro (Foto: Jonas Pereira/Agência Senado/Reprodução/Redes Sociais)
Segundo o jurista, a juíza Gabriela Hardt
burlou 'a competência jurisdicional' no contexto
da investigação sobre um suposto plano de
criminosos para assassinar Sergio Moro
Juristas falaram em armação do parlamentar com o objetivo de prejudicar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Gabriela suspendeu o sigilo da decisão que levou à operação da PF contra integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
"Lula está certo! Olha a armação aí, gente. Ela não tinha competência para decidir nada nesse fato jurídico e ela decidiu 35 minutos depois da fala do Lula", disse Argolo. "A competência jurisdicional de um juízo, talvez, seja a coisa mais importante do processo. É na competência que se decide o juízo, o MP, enfim, onde o estado de comprova competente para julgar as pessoas, ao burlar essa competência, a juíza Gabriela Hardt corrompe o sistema".
Na quinta-feira (23), o petista falou em "armação" de Moro contra o governo. "Eu não vou falar, porque acho que é mais uma armação do Moro, mas eu quero ser cauteloso. Eu vou descobrir o que aconteceu", afirmou o presidente no Rio.
De acordo com Argolo, houve "armação da juíza que colocou o ex juiz corrupto Moro como sendo o principal alvo". "Grandes juristas estão dizendo abertamente que foi armação, eu concordo com eles!".
Vários
juristas brasileiros defenderam Lula e criticaram Sergio Moro. Professor de Direito Processual Penal da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Aury Lopes Jr., disse que a "
competência da Justiça Federal seria atraída se o crime fosse praticado contra servidor público no exercício das funções". "
Tem de ter atualidade do exercício. Ele (Moro) é senador hoje, mas os crimes não têm qualquer relação com isso".
Um dos motivos para se falar em "
armação" é que Moro, um dos principais opositores do governo Lula, já foi condenado em 2021 pelo Supremo Tribunal Federal, que
declarou a suspeição do atual senador nos processos contra o petista no âmbito da Lava Jato, que teve o ex-juiz como responsável pelos processos em primeira instância jurídica na operação.
Em 2022, quando tentava candidatura ao Senado, Moro foi derrotado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) por
fraude em domicílio eleitoral e, como consequência, decidiu ser candidato pelo Paraná.