Lindôra Araújo, que blinda Bolsonaro, recebeu promessa de assumir a PGR em caso de reeleição

28 de julho de 2022 às 11:41

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Jair Bolsonaro (PL) teria prometido que, se reeleito, entregará à vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR) após a saída de Augusto Aras, em 2023. 
 
De acordo com a coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, o assunto vem sendo discutido por meio de “reuniões secretas" mantidas entre eles desde 2020.
 

Bolsonaro e Lindôra Araújo (Foto: Clauber Cleber Caetano/PR | Nelson Jr./SCO/STF)
 
Lindôra, vista por seus pares como uma das servidoras mais conservadoras da PGR, vem blindando Bolsonaro de diversas ações judiciais que chegam ao órgão. 
 
As duas primeiras reuniões entre os dois ocorreram por intermédio do ex-deputado federal Alberto Fraga, que levou Lindôra ao Palácio da Alvorada para apresentá-la ao presidente – à época, ela era coordenadora da Assessoria Jurídica Criminal da PGR”. Após os encontros, que contaram com a participação de Aras, Bolsonaro teria dito a Fraga que “gostou” das conversas mantidas com ela. 
 
Na última ação para blindar o atual ocupante do Palácio do Palácio do Planalto, Lindôra pediu ao STF o arquivamento de sete das 10 apurações preliminares envolvendo Bolsonaro, além de ministros, ex-ministros e o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, por crimes cometidos durante a pandemia de Covid-19. Os pedidos de investigação foram baseados nas conclusões finais do relatório da CPI da Pandemia.